terça-feira, 20 de novembro de 2012

Eu. Quem? Eu mesmo.

As vezes não sei quem eu sou.
O espelho me revela um estranho...
Tenho a angustiante sensação
De que não conheço a mim mesmo.
Mas nem sempre foi assim.
Eu não sei em que ponto do caminho
Que minha história se perdeu.
Quero, sobretudo, crer que
O meu íntimo ainda está intacto,
Mas sei que fui engolido por banalidades.
Oxalá eu tenha um reencontro,
pois sinto falta de ser quem eu fui.


Eu quero que, no futuro, ao olhar para trás, e tenha construído algo de que eu possa me orgulhar.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

As vezes tenho vontade de chorar

As vezes eu tenho vontade de chorar...
Chorar o choro da alma,
Rasgar a angústia febril,
Trazer ao coração a calma.
As vezes tenho vontade de gritar,
Gritar o grito dos inocentes,
Chorar por todos os doentes.
Sentir a dor de viver,
É simplesmente viver.
As vezes eu quero chorar,
Chorar este choro sofrido,
Sufocar todo e qualquer ruído...
Saltar no infinito da mente,
E resgatar a alegria dormente!

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Lado B

Um b-side para aturar a insônia.
É terça-feira... É plena terça-feira e a insônia me corrói; enquanto eu a consumo voraz.
Um b-side qualquer está tocando, uma música frouxa e bela se arrasta.
Apesar de que, em se tratando de Radiohead, tudo parece ser lado b.
Às vezes me confundo, é normal.
Mas hoje estou certo, o que ouço não é um Lado A, não pode ser e não combina!
As estrelas lá no alto cintilam vagarosas...
Se o dia é o single, a madrugada é o autêntico b-side.


Poesia e fantasia! Harmonia e melancolia.


quarta-feira, 18 de julho de 2012

Falsas Promessas

Quanto não é dito
no silêncio mortal?
Quanto não é prometido
na frieza matinal?
Quanto não é jurado,
No anonimato da madrugada?
Aprendi a desconfiar de tais palavras obscuras,
Agora sei me defender:
Duvidando de tudo que me é dito na madrugada, afinal, nada jamais se concretiza.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Brindai as pequenas vitórias!

Ao terminar de escrever uma página, o poeta se entusiasma para a próxima.
Ao terminar de ler uma página, o leitor vocifera pela seguinte.
Ao terminar o último gole de pinga, a garganta urra pela dose subsequente.
Ao encostar dos lábios, o coração sussurra por eternidade.
Ao estalar da meia noite, uma nova vida se desvela!
Ao cerrar os olhos no leito, o corpo desfalece cansado.


Brindai as pequenas vitórias, brindai!
Porque as grandiosas não nos pertencem...

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Solidão

Eu escolhi a solidão, e com isso vou vivendo.
Eu escolhi a solidão, e reclamar disso é besteira.
Eu escolhi a solidão, o silêncio é meu maior amigo.
Eu escolhi a solidão, pelas sombras eu me movo.
E, mais uma vez, eu escolhi a solidão, na melancolia eu existo.
A solidão está comigo.


Não se aproxime demais, há risco de me arrepender.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

O Poste

O poste é um fiel companheiro de noites em claro.
Se estou na rua, o poste me ilumina e me faz companhia.
Se estou em casa, o poste me atrapalha; sua claridade penetra a janela e me tira o sono.
Nesta estranha dualidade, eu e o poste vamos vivendo...



Ei, poste, hoje eu quero dormir.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

O Frio é nostálgico

O frio é nostálgico. O frio me traz lembranças ruins que o tempo tornou boas. O frio traz lembranças da mocidade, da juventude. O frio dá vontade de cobertor. O frio me traz lembranças de manhãs com neblina. O frio me traz lembranças de noites geladas. O frio requer agasalhos. O frio me lembra romantismo. O frio me torna nostálgico.



Hoje é um dia frio.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

É Possível?

É possível ter saudades de quando se sofria?
Queria passar mais por aqui.
Queria ter mais noites conturbadas de insônia.
A noite doce e serena não me serve. A felicidade me enjoa.
É possível, então, ter saudades de quando se sofria?
Creio que sim. Hoje eu tenho.



Hoje eu tenho saudades de ter saudades de você.